A ervilha -Pisum sativum, legume com muitas variedades, e começam por crescer umas vagens de onde são retirados os grãos.
Tradicionalmente, nas nossas aldeias, encontramos dois tipos de ervilhas: de grão e de vagem. As ervilhas de grão só podem ser consumidas dessa forma, pois a vagem tem um fio duro, tal como acontece com os feijões. As ervilhas de vagem podem ser consumidas em saladas, cozidos, sopas, quer em forma de vagem, ou deixando crescer, sob a forma de grãos.
Quando cultivadas tem de se ter atenção ao "timing" para a colheita dos grãos, não pode ser feita demasiado cedo, ainda não estão desenvolvidos nem muito tarde, ou o grão vai ficando duro e perde a cor verde, tornando-se mais acastanhado e o sabor e textura alteram-se.
As vagens também seguem as mesmas regras, não devendo ser colhidas quando muito pequenas nem quando já se vêm as formas dos grãos no seu interior.
Têm vindo sendo introduzidas variedades que facilitam o seu cultivo. Antigamente para se cultivarem ervilhas era necessário arranjar, sempre, umas estacas, uns paus, ramos, na minha aldeia eram e ainda são utilizados ramos de carvalhos, castanheiros, aveleiras. Estas estacas serviam e servem para que a planta à medida que cresce se agarre e assim os seus frutos não arrastem no chão e apodreçam. Hoje em dia cultivam-se variedades, quer de grão, quer de vagem que já não necessitam de qualquer suporte, facilitando os trabalhos de cultivo.
Sementeira
Na minha aldeia há pessoas que semeiam as ervilhas nos meses de Dezembro. Janeiro, Fevereiro e Março. O grosso das pessoas semeia-as em Março, pois dizem que assim é que as ervilhas produzem melhor.
Semeiam-se em regos/linhas, espaçados entre si com cerca de 25 cm e os grãos colocados na linha com um espaçamento de cerca de 15 a 20 cm.
Acreditam que se devem semear as ervilhas, durante o período da manhã, pois os mochos e as corujas ainda estão a dormir, pois no período da tarde já estão acordados e vêm onde são colocados os grãos e à noite regressam para os arrancar.
Não há provas de que seja verdade ou que apenas sirva para explicar problemas de germinação das sementes, assim, a culpa não morre solteira e os mochos e as corujas têm as Costa Largas.
"O que é que as ervilhas podem fazer por si?
Para começar, são dos alimentos
mais ricos em antioxidantes...
Se faz cara feia às ervilhas,
está na hora de saber que elas são dos alimentos mais ricos em antioxidantes,
capazes de proteger o organismo das agressões externas, como o frio.
Apesar do sabor adocicado,
sabe-se que as ervilhas nem sempre fazem parte dos alimentos mais apreciados,
tanto por crianças como por adultos.
Mas a verdade é que a ciência tem
desvendado muitas vantagens associadas ao seu consumo.
Por exemplo, o Fichier Canadien
sur les Élements Nutritifs, publicado em 2005 pela Santé Canada, sublinha que
são as leguminosas mais ricas em antioxidantes, que protegem as células do
corpo dos danos provocados pelos radicais livres – resultantes de agressões
como a poluição, os raios solares, o frio, etc..
As ervilhas apresentam sobretudo,
segundo a mesma fonte, uma grande quantidade de dois antioxidantes da família
dos carotenóides – a luteína e a zeaxantina – conhecidos por ajudarem a
prevenir os problemas de visão associados ao envelhecimento.
Anatomia da ervilha
Para acabar com as recusas à mesa, é possível mascarar as ervilhas até se aprender a gostar do seu paladar. A sopa é a rainha na arte do disfarce já que é um tipo de confecção culinária que consegue preservar a sua qualidade nutricional.
Para acabar com as recusas à mesa, é possível mascarar as ervilhas até se aprender a gostar do seu paladar. A sopa é a rainha na arte do disfarce já que é um tipo de confecção culinária que consegue preservar a sua qualidade nutricional.
Saiba que uma taça de sopa de
ervilhas guarda quantidades importantes de:
• Vitamina K, ajuda à absorção do cálcio, importante para os ossos e dentes;
• Vitamina C, actua como antioxidante natural;
• Ácido fólico, essencial para o funcionamento do sistema nervoso;
• Vitamina B1 (tiamina), participa no metabolismo dos hidratos de carbono;
• Alto teor de proteínas, fundamentais para o crescimento, desenvolvimento e reparação das células, tecidos e órgãos;
• Manganês, mineral importante para formação dos ossos, pele, etc.
• Vitamina K, ajuda à absorção do cálcio, importante para os ossos e dentes;
• Vitamina C, actua como antioxidante natural;
• Ácido fólico, essencial para o funcionamento do sistema nervoso;
• Vitamina B1 (tiamina), participa no metabolismo dos hidratos de carbono;
• Alto teor de proteínas, fundamentais para o crescimento, desenvolvimento e reparação das células, tecidos e órgãos;
• Manganês, mineral importante para formação dos ossos, pele, etc.
Mas os seus benefícios são mais
abrangentes. Várias pesquisas destacam a sua riqueza em fibras solúveis, com
efeitos comprovados na redução do colesterol no sangue, impedindo a sua absorção
e potenciando a sua eliminação através das fezes.
Alias, é também graças às suas
fibras que a American Heart Association recomenda o consumo de ervilhas como
forma de melhorar o trânsito intestinal.
Contudo, é comum ouvir-se dizer
que as leguminosas são “muito pesadas”. Na verdade, elas potenciam uma sensação
de saciedade porque reúnem fibras e amido (o “açúcar complexo” que lhe dá o
sabor mais doce) que têm uma digestão lenta, deixando-nos sem apetite por mais
tempo.
Mas isto não quer dizer que sejam
muito calóricas. Pelo contrário, as ervilhas têm valor calórico muito baixo (a
dose diária recomendada, que é igual a uma chávena de café cheia, tem apenas 35
calorias).
Assim, integradas numa
alimentação saudável, são opções que ajudam a manter a linha no Inverno."
Helena Cid - Nutricionista
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